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A incrível arte de advogar em tempos de pandemia




Pode soar estranho. A incrível arte de advogar em tempos de pandemia? Sim!


Ouso dizer que advogar, por si, sempre foi uma arte. É tentar enxergar para além do que se vê. Afinal, nada é somente o que parece. Sempre “depende”, confie, sempre!


Eis que começava o ano de 2020 e o advogado lá estava, na corrida entre foros, cumprindo os prazos e audiências, fazendo cursos de aperfeiçoamento, participando de congressos e palestras, quando, de repente, sem pretérito aviso, o mundo parou em função do COVID-19.


A verdade é que a situação posta é inédita. Quando cogitamos ter foros fechados por tanto tempo? Quando pensamos em suspensão de prazos processuais por um lapso temporal tão extenso? Entre opiniões diversas, existiam aqueles, no qual me filiei, que acreditavam que o “novo normal” não se instalaria por mais do que algumas semanas. Apenas esperança? Confesso que há grandes chances de ser, afinal, era só ligar qualquer aparelho de comunicação para entender a magnitude do problema.


Ocorre que o “novo normal” segue conosco, sem maiores perspectivas de ir embora. E não há outra alternativa senão sermos resilientes. Reinventar-se virou palavra de ordem. Audiências e reuniões com cliente em formato virtual. Novas demandas batendo à porta do escritório online todos os dias, sem que haja jurisprudência ou doutrina que nos socorra, visto estarmos em meio a fatos e desdobramentos jurídicos atípicos.


Calorosos debates acerca de contratos vigentes, reduções salariais, demissões, inadimplências, embates societários, apoio – ou falta dele – por parte dos governantes aos empreendedores. O ponto aqui é um só: o que todos tentamos é sobreviver em meio ao caos. E, antes mesmo das consequências jurídicas das questões aqui abordadas, é imperioso que haja bom senso e empatia.


Será mesmo o momento de engrossar as fileiras das demandas judiciais, sem preteritamente avaliar as possibilidades que a legislação vigente nos entrega, a fim resolver os conflitos de forma alternativa?


A mediação extrajudicial, que antes já se mostrava altamente eficiente, ganha ainda mais visibilidade, sobremaneira por ser um procedimento célere, menos oneroso, no qual as partes são as protagonistas do ato, e visam, com equilíbrio, entrar em consenso.

Vem à baila, nesse contexto, a imprescindibilidade de um advogado com conhecimento acerca de tais métodos, sem que sua atuação se dê puramente de forma beligerante, especialmente em um momento social e jurídico como o agora vivenciado, no qual todos lutam incessantemente para manter-se de pé.


Lembre-se que a economia sou eu, é você, somos nós. E nessa engrenagem precisamos da saúde financeira de todos para que a roda gire.


São tempos difíceis, está claro. Fica a lição, portanto, de que, em que pese sejamos seres individuais, é momento de exercitarmos nossa cidadania, refletindo acerca da necessidade de pensar além da própria existência. Ao final, acredite: a realidade do outro impacta diretamente à sua.


Vamos juntos. Avante!


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